Vida de Solteira

Depois que terminei com o Cris, fiquei um bom tempo sozinha, sempre o via, afinal ele era amigo da família.
Muitas vezes via que ele sentia ciúmes pois passei a ficar mais tempo com a minha prima e os amigos dela da faculdade.
Nesse interim, eu comecei a fazer RGP (fisioterapia) em Pinheiros, nisso conheci um rapaz, Marcos, nossa Lindo, alto cabelos castanhos 10 anos mais velho do que eu, altamente interessante e de boa família.
Começamos a sair, nisso eu ainda com 15 anos, uma mocinha e nesse época eu só estava fazendo cursinho para o Vestibulinho da Escola técnica, eu queria fazer Magistério e meus pais queriam que eu fizesse Edificações ou qualquer coisa que me desse uma profissão diferente de ser professora, que triste brigaram tanto me impediram tanto que não deu muito certo, mesmo eu sendo Terapeuta Holística, eu dou aula de muitas discipplinas da área e vou contar, é o que eu mais amo fazer, dar aula.
Mas voltando a vaca fria, o Marcos, além de lindo e educado é claro que eu me sentia quando saia com ele afinal além de 10 anos a mais do que eu ele tinha um Renault 19, carro da moda, vermelho, lindo!
Mas nem tudo eram flores, descobri que ele tinha namorada, comecei a perder o encanto, mas vivi bastante ao lado dele, onde eu tinha a pachorra de fugir de casa para ir a festas com ele e dava certo porque eu tinha o hábito de acordar de madrugada pra estudar pois era impossível estudar durante o dia com toda a movimentação da minha casa, mas tudo que é bom dura pouco, um certo domingo quase que meu tiro saiu pela culatra, sempre tomavamos todos os cuidados para que nunca descobrissem minhas saídas, afinal ele era uma pessoa de boa família e sempre íamos em festas bacanas, cheia de bacanas e é claro nesses lugares a mídia rola solta e como ele já tava no último ano de jornalismo e trabalha pra um grande jornal, era mel na chupeta então eu tinha que tomar cuidado, afinal, menor e fugida de casa, todo cuidado é pouco!
Então, um certo domingo, me fudi, sai em uma foto, num jornal grande de SP, minha prima que viu e me ligou correndo, sumimos com o jornal e eu tomei a decisão de não sair mais pois tava vendo a hora que ia dar merda e nessa época eu tinha pais muito tradicionais e minha mãe seria no mínimo capaz de me colocar em um colégio interno, pois por muito menos ela já havia ameaçado, então canja de galinha não faz mal a ninguém, já dira o Poeta Ben Jor, não é?
Mas posso dizer que fui feliz, várias festas, como era bom chegar em casa de madrugada e entrar pelo portão da garagem, que eu tinha roubado a chave para não ser pega, posso dizer que acho que foi ai que comecei a ver o gostinho da vida, nunca vou ter como agradecer as festas bacanas que fui e detalhe nunca fui desrespeitada por ninguém.
Marcos, valeu!!!!

Muitos beijos